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A Saúde em Jogo: os riscos da venda de medicamentos em supermercados

 

A proposta de liberar a venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados, apresentada como uma solução mirabolante para a inflação, coloca em xeque a saúde da população brasileira. Essa medida, além de ser um retrocesso, representa um perigo iminente para a saúde pública.

É inaceitável que a saúde seja tratada como uma commodity, negociada em prol de interesses econômicos. A venda de medicamentos requer conhecimento técnico e orientação profissional, que somente um farmacêutico pode oferecer. Ao permitir a comercialização desses produtos em qualquer estabelecimento, o governo abre as portas para a automedicação, um problema grave que pode gerar consequências irreversíveis para a saúde.

A alegação de que a venda em supermercados reduzirá os preços dos medicamentos é falaciosa. Estudos mostram que essa medida pode, inclusive, aumentar os custos para o consumidor. Além disso, a qualidade do atendimento ao paciente será comprometida, já que os funcionários dos supermercados não possuem a expertise necessária para orientar sobre o uso correto dos medicamentos.

A liberação dos MIPs em supermercados também representa uma ameaça à economia. Milhares de empregos no setor farmacêutico estão em risco, e as pequenas farmácias podem ser forçadas a fechar as portas.

A venda de medicamentos deve ser restrita a estabelecimentos especializados, com a presença de farmacêuticos, para garantir a segurança e a qualidade do atendimento.

A saúde não é um jogo de números. A vida das pessoas não pode ser colocada em risco em nome do lucro.