ARTIGO - O SINDICALISMO COMO PILAR DA DEMOCRACIA
Em um momento crucial para a democracia brasileira, onde os valores de liberdade, justiça e igualdade se encontram sob constante ameaça, o papel do sindicalismo se torna ainda mais relevante. Como presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, sinto a imensa responsabilidade de defender os direitos dos trabalhadores e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Sindicalismo e Democracia: uma relação intrínseca
Desde suas origens, o sindicalismo esteve entrelaçado à luta por democracia. Nas fábricas e nas ruas, trabalhadores se uniram para reivindicar seus direitos, desafiando a opressão e o autoritarismo. Através da organização coletiva e da ação sindical, conquistaram avanços históricos como a jornada de trabalho de oito horas, o direito à aposentadoria e o fim do trabalho infantil.
Mais do que defender os interesses específicos de uma categoria, o sindicalismo luta por princípios universais que sustentam a democracia: liberdade de expressão, associação e manifestação; participação social e política; e o direito à representação justa. Sem sindicatos fortes e atuantes, a democracia se torna frágil, sucumbindo aos interesses de grupos poderosos que buscam silenciar as vozes daqueles que mais precisam ser ouvidos.
O papel essencial dos Farmacêuticos na democracia
No contexto específico da profissão farmacêutica, nosso papel na defesa da democracia se torna ainda mais crucial. Somos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do cuidado com a população, testemunhando as desigualdades sociais e os impactos da precarização do trabalho. Através do nosso sindicato, lutamos por melhores condições de trabalho, salários justos e valorização profissional, mas também nos engajamos em debates mais amplos sobre saúde pública, acesso a medicamentos e políticas sociais.
Nossa voz se soma à de outros sindicatos e movimentos sociais na luta por uma sociedade mais justa e democrática. Acreditamos que a saúde é um direito fundamental e que o acesso à medicação de qualidade deve ser universal e gratuito. Defendemos políticas públicas que promovam a saúde preventiva e a atenção integral à saúde, combatendo as desigualdades que impedem o acesso a serviços de saúde de qualidade para a população mais vulnerável.
Um Futuro Democrático e Unido
Em um momento em que a desinformação ameaça os valores democráticos, o sindicalismo se ergue como um farol de esperança e resistência. Através da organização coletiva, da luta por direitos e da defesa da justiça social, os sindicatos contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Convido todos os farmacêuticos a se unirem ao nosso sindicato e fortalecerem a luta por um futuro mais promissor. Juntos, construiremos uma sociedade onde a democracia floresça, onde os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e onde a saúde seja um direito universal e acessível a todos.
Renata Gonçalves - Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo.